domingo, 14 de outubro de 2007

História 1

Eu vou contar uma história.. (Já tinha começado no outro blog, vou só re-postar aqui.)


Entrou no bar, e se sentou. O bar já era conhecido, ia lá sempre. Ou quase sempre, já que havia sumido de lá por uns tempos, devido ao trabalho, namorada e afazeres. Acabou que ele não tinha tempo pra ir no bar. Ele trabalhava muito, e ganhava o suficiente pra viver, mas sem folga. A questão é que ele não conseguia ir mais no bar. Não porque ele não quisesse, porque queria muito, mesmo o bar sendo sujo, feio e escuro. Mas ele não tinha tempo. A vida correu e ele perdeu essa pequena coisa. E agora vinha buscar. Gostava da droga do bar, oras. Ele se sentia bem lá, já que não precisava fingir ser um bom moço que joga xadrez e lê o Código da Vinci, afinal só havia bêbados, velhos e prostitutas na droga do bar. Alí eram todos perdedores, ele pensava. E isso o fazia bem. Porque ele olhava pra aqueles pobre coitados, que nem eram tão pobres coitados assim, e se sentia superior. Algumas pessoas precisam ver o próximo no chão, pra se sentir bem. Estranho? Nada, mais comum que você pensa. E esse era o caso do Waldomiro. Ahh o Waldomiro era esse tipinho de bom moço, que se rebelava às vezes, e pra onde ele ia? Pra droga do bar, né. E no bar ele conversava com todo tipo de gente, e sem cêrimonia. Eis que ele entrou no bar, como eu dizia, e se sentou. Pediu um wisky desses bem vagabundos. Pegou o copo e ficou encarando - o. Olhou, rodou e apertou o copo. Chorou. Bebeu tudo em um gole só. Limpou com a manga da blusa, e pediu outro. Virou para um velhinho do lado dele, e pediu um cigarro. O velhinho deu logo, sem questionar ou mencionar qualquer coisa. Ele acendeu o cigarro, e tragava aquilo como se fora a última coisa que fosse fazer na vida. Pegou o copo de wisky novo, olhou de novo, encarou, sacudiu e bebeu. Em dois goles rápidos. Fumou o cigarro todo. E chorou de novo. Chorava de gritar, o pobre do Waldomiro. O velhinho, aquele do cigarro, só olhava. Não falava nada, por mais que a curiosidade estivesse extrema. Waldomiro olhou pro velhinho, com olhar de desprezo e melancólico e falou, gritando:
_ Que foi, porra? Um homem não pode chorar mais não?
O velhinho riu, estendeu a mão até o ombro do Waldomiro e lhe deu uns tapinhas nas costas:
_ Chore. Beba. Fume. Quando você descobrir que não é se matando que você vai nascer de novo, você para.


To be continued...

5 comentários:

__jey disse...

Nada mais justo, depois da triste perda do 6° horario, eu deveria ser a primeira a comentar aqui!! =)

É keikeu. você pode dizer que o sexto horario se matou, mas continuo achando que você que matou ele!!! hahahahaha

Sim, crônicas!!! =)

beijo. =*

Kakau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kakau disse...

Não matei. = (

Unknown disse...

aEEEEEEEEEE

gostei , gosteeeii

kakaaau
o que eu jah tinha te falado neee

Prefiro morrer a perder a vida... por isso msm q eu fumo, bebooo e faço o caralho a quatro..

aUSEAsaEU


E vc sempre me dando orgulhoooo...
\o/\o/

te adoooooorooo

beeijo

Paola disse...

Eu Te Amo Tanto kakau.
To falando serio.
vc completa minha vida.

mais que uma amigaa..
minha irmã.