terça-feira, 30 de outubro de 2007

De repente vem uma onda e desmancha tudo...

Mas eu não vivo de marcas na areia.

Escrevo em rocha forte.

Então, que venham as ondas. Pularei todas!




domingo, 28 de outubro de 2007

Cyanide and Happiness, a daily webcomic




Os bonequinhos de pauzinho mais famosos da rede. E eu me matei de rir. Hahahahaha.

sábado, 27 de outubro de 2007

*Continuação..

Um ano se passou. Um dia caminhou até a varanda, e olhou a vista da cidade, e agradeceu a Deus por não tê lo deixado morrer de amor.
Olhava pra rua, e vias as pessoas, os carros, a vida. E tudo continuava igual. Ele não morreu, e a vida seguiu como sempre foi.
Embora a noite ele se pegasse pensando nela. Depois de um ano, ele ainda sentia a mão dela no cabelo dele. Lembrava de cada noite que passaram rindo, conversando sobre nada. Um ano não foi suficiente pra ele esquecer como era bom encontrar com ela quatro vezes na semana e ainda achar pouco. Mas diante dele mesmo jurou, que não a procuraria embora quisesse. Por mais que amasse aquela mulher, ele não ia procurar. Não hoje, nem amanhã, nem nunca. Ele era demais pra ela, oras. Todos sabiam disso, e ele idem. Não ia procurar. Além do mais, ela tava com outro. Carlos, advogado. Tava feliz, diziam. Embora ele quisesse morrer quando ouvia isso, fingia ignorar.
Eis que um dia, de madrugada.. Três horas, por aí.. O telefone toca. O Waldomiro tava todo amassado, mas atendeu, embora não tivesse nem um pouco afim, mas precisava atender, afinal podia ser algo de importante.
_ Oi. - Resmungou ele.
_ Wal.. Waldo..
_ Hã?
_ Waldomiro? É você?
_ Não. É o Pelé. Lógico que sou eu, oras..
_ Não mudou nada.
_ Hã?
_ É..
_ Quem é, hein?
_ Er..
_ Olha.. Três horas da manhã, agilize o processo.. quem é?
_ Sou eu.
O sono tinha tirado a capacidade dele de reconhecer a voz doce de menina dela. Eis que como um estalo percebeu que era ela. E tratou logo de se levantar.
_ Flávia?!
_ É.. é..
_ Nossa! Desculpa, eu não tava esperando.. Bom, er.. Como você tá?
_ Bem. Bem. E você?
Pensou em dizer a ela que sentia falta dela, que a amava e que a queria de volta, mas seu orgulho não permitiu.
_ É.. Tô bem.
_ Ahh.. Que bom.
_ É..
_ Tá bom então. Só liguei porque queria ouvir sua voz. Só isso.
_ Ah sim..
_ Então tá.. Vou desligar. Tá tarde. Beijos.
_ Tá bom.. Beijos.
_ Tchau.
_ Tcha.. Espera.
_ Sim?
_ É que.. bom, você me ligou e.. Bom, me falaram que você tá namorando e tal.. Acabou?
_ É.. Acabou não. Tô noiva.
_ Noiva????!!!!
_ É.. Caso em Março.
_ Nossa!
_ Deixa eu ir então, né? Beijos.
_ Espera, Flávia. Me responde uma coisa, que que você pretende com isso?
_ Hã? Como assim?
_ É.. você me liga três horas da manhã pra ouvir a minha voz, e vai se casar em Março. Você tá ficando louca? Pra quê você me ligou, porra? Você tá feliz. Vai casar. E ligou pra ouvir minha voz? E seu noivo, e a consideração com ele, onde que fica? Aposto que ele tá apaixonado, dá o mundo por você, e você liga pro seu ex querendo ouvir a voz dele. Que tipo de mulher faz isso? Que droga você pretende?
_ Eu só queria ouvir sua voz, nada demais. Eu o amo e ponto.
_ Ótimo que você o ama. Ótimo! Mas pra quer ouvir minha voz, droga? Muda alguma coisa você ouvir a minha voz.
_ Foi vontade. Deu vontade eu liguei. Desculpa por ter ligado então.
_ Desculpa? Rá.. É tudo fácil.. Claro, vocÊ me liga e desliga, e pronto. Claro.. Claro..
_ Bom, Waldomiro, eu tenho que ir. O Carlos tá me chamando.
_ Vai lá.. E ó.. Me faz um favor? Não me liga mais. Por favor. Não me liga mais.
_ Ok. Não ligo. Beijos.
_ Beijos.



*To be Continued*

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Hoje descobri porque tantos escritores insistem em usar da escrita tema de obras, em verso, prosa ou qualquer outro tipo de rabisco. Descobri também o motivo da metalinguagem ser tão freqüente !
Quando a gente quer escrever, e não sabe sobre o quê escrever - curioso - mas a primeira idéia é escrever sobre a sua escrita. Fato ! É como tentar escapar da falta de criatividade.
Já até pensei algumas vezes em escrever sobre meu modo de escrever, mas minha criatividade de repente ressuscitava e eu arranjava outros assuntos. Mas hoje nenhuma outra idéia me faz deixar de ser um ser sem criatividade.
Faço da prosa um prazer, mas é no escrever que construo passos ou destruo laços, monto rimas ou aponto paradigmas... É no escrever que faço paráfrases da própria vida e paro o mundo pra mudar o meu ! Poesia não é minha proeza, não sei fazer de um único verso meu universo. Já me resolvi muito pela razão; hoje não ouso fazer valer tudo que me avisa o coração.
Sou feita de frases e de fases: um sujeito com seus jeitos, objetos e objetivos, apostos e opostos, travessões e travessias, linhas e ladainhas, vírgulas e virtudes. Gosto de ser a autora dos meus feitos. Posso fazer desfeitas, porque tenho meus defeitos, mas não busco o perfeito – busco apenas meu inteiro.Contradição, porque certeza é para sábios!
Tradição, porque temo (e tremo com) o novo; De intenções sou cheia, faço delas os meus planos.Preciso de pessoas e de pensamentos. Por eles hesito, insisto, persisto. Por eles existo. Tento fazer da dor algo mais que um desamor e um desarmar. Mas ainda não sei escolher qual verdade quero viver, ainda sou aprendiz desse jogo em que se divide baralho com o Sr. Destino.O tempo para mim é um passatempo e um contratempo – gosto de brincar de relembrar boas memórias, mas às vezes voltam a latejar minhas dores latentes.

Já pensou? Escrever é tirar tudo do mundo e tentar colocá-lo nas mãos.

E eu que achava que escrever sobre meu jeito de escrever seria a última opção na falta de criatividade, vejo que estava errada. E a metalinguagem seria a tentativa de entender porque usam tanto da arte do escrever. Tem que ter criatividade à flor da pele, e como iniciei o texto sem nenhuma por considerar que essa era a condição ideal para a metalinguagem, acho que é melhor eu parar por aqui. rs

Beijo.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O aquecimento Global

Pois é, onde se vai hoje em dia, tá o tal do aquecimento global. Todo mundo discute, cambada de hipocritas. Hipócritas sim, ou você não percebeu que quem mais reclama é aquele que anda com o carro do ano socando CO2 na atmosfera? Pois é.. Mas eu não vou discutir isso. Isso vai muito além do que eu acho, ou deixo de achar, e mesmo porque, eu consumo McDonalds (será que isso tem haver?), bebo Coca Cola, alimento a industria de bens de consumo, morro de preguiça de andar e tudo que vou fazer adoraria fazer de carro, embora minha idade não permita. Ponto. Eu vim aqui justamente pra falar que eu não tô nem aí pro aquecimento global. Fodas para o aquecimento global, ok? Daqui à 100 anos, meus netos que se virem, oras. Pensamento super egoísta mas é assim que tô me sentindo hoje, talvez amanhã eu me recomponha dos meus pensamentos politicamente corretos, mas hoje não. Hoje eu queria mesmo é.. é.. sumir. Isso. Sumir, da um passeio dentre devaneios por aí. Abrir mão das coisas futéis, e partir pro abraço, como diz o meu amigo Galvão Bueno. Hahaha (Eu resgatei esse homem das profundezas agora.) O fato é que hoje tá sendo uma droga de dia. E não me pergunte porque, você não me entenderia. Ou talvez você me entendesse, mas eu tô sem clima pra explicar.. Não se preocupe com meus problemas, muito menos em me entender. Se preocupe com o aquecimento global, afinal.. Você vai se preocupar com algo realmente importante. E talvez amanhã, eu me junte a você na luta ecólogica. Mas hoje, bom.. eu só queria sumir.

Ps¹: E viva meu complexo de inferioridade. \o/
Ps²: Sexta feira, eu posto o Waldomiro parte III. =)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

*continuando*

Waldomiro foi rápido:
_ Não quero viver, droga! Eu quero morrer.
Colocou os cotovelos sobre a mesa, e levou as mãos até o rosto, e nelas escorou. Chorando, claro.O velhinho, que no fundo nem era tão velho assim, já havia dito tudo que precisava, mas não resistiu ao jeito desolado do nosso amigo.
_ É por mulher, é cabra?
_ E tem outra coisa que causa tanta dor do que elas?
_ Não diga isso. Existem mulheres e mulheres.
_ Mentira! São todas vadias. Só querem o seu dinheiro, e depois te chutam como um verme. Quando você é bonzinho. Bonzinho só se fode, meu irmão. Só..
_ Aham, aham.. Estavam juntos a tanto tempo que já acha que não pode mais viver sem ela?
_ Oito meses, mas os melhores. E acabaram.
Pegou o terceiro copo de wisky da noite, e bebia lentamente, meio trêmulo e com os olhos cheios de lágrimas.
_ Acabou porque?
_ Eu sou um idiota, por isso. Só por isso. E que droga é essa de interrogatório? Some da minha frente, velho! Some.
E o velho sumiu. Waldomiro continou bebendo e a noite foi voando, como que um beijo de saudade.Fim da bebedeira, ele foi pra casa e dormiu.Dia novo. Waldomiro acorda, com aquela puta ressaca e dor de cabeça. Se levantou, caminhou até o banheiro, achou um comprimido e ingeriu. Puro mesmo. Coisa de macho.Tirou a cueca, e entrou no chuveiro. Tomou um banho demorado e enquanto passava a mão nos cabelos se lembrara da noite que havia passado, e com isso, lembrava da namorada. Digo, ex namorada.Não conseguia acreditar que aquilo, chegara ao fim.Saiu do banheiro, enrolou na toalha e correu. Pegou o celular no chão, chegou as mensagens, nenhuma dela. Correu até ao computador abriu o 'orkut' e nada dela. Ela havia o esquecido já? Droga!!! Não tinha nem 24 horas e dessa vez, ela não te procurou, Waldomiro, pensava.Pensou em se matar. Olhou pra varanda, mas ficou no pensamento. Vestiu roupa e se deitou. Pensou e resolveu procura la.Chegando quase na casa dela, ele desistiu. Olhou pro céu e pensou: Que droga de homem é você que corre atrás de mulher?Movido pelo orgulho, voltou. Entrou em casa e chorou. Só sabia chorar agora. Eis que os dias foram se passando, e com eles a saudade daquela irritante adorável passava. Ele já conseguia acordar sem pensar nela. Já conseguia trabalhar. E não chorar mais.Foi vivendo. Vivendo.. Sem ela.

*To be continued ...

domingo, 14 de outubro de 2007

Quem-eu-tenho-sido

Tempo é coisa relativa mesmo. E eu nem preciso ser física pra saber isso (nasci desprovida de qualquer habilidade com números e fórmulas e a pouca insistência que eu tinha em tentar entendê-los, o tempo tirou de mim).
Meus dias, tanto como os de antes como os de agora, obviamente continuam com suas 24 horas. A diferença é a maneira como essas horas correm sob as minhas impressões. Às vezes, parece que preciso de um dia mais longo para conseguir dar conta.
E só o tempo é capaz de mudar certas coisas. Tantas coisas! "Todo coração é uma célula revolucionária". Sim!! A revolução primeiro deve ser dentro de mim. Que ocorram tantas quanto necessário, para que eu tenha certeza de que estou sendo o melhor que posso ser. Hoje sou célula, amanhã talvez um organismo inteiro. Aí, então, quem sabe, as minhas revoluções se estendam para o mundo.

Assim, repito a frase inicial desse texto: sim, o tempo é relativo. E eu gosto da idéia de poder fazer dele o que a gente quiser. Gosto ainda mais do poder que ele tem sobre nós, apesar dessa nossa liberdade em agir com ele como quisermos.

O que eu era e o que eu sou, é tudo obra do tempo, mas meu livre arbítrio que dá palpites é imprescindível.
Crescer é inevitável; as formas como podemos crescer nos são altamente "escolhíveis". Cresci? Não sei, na verdade ainda não senti os efeitos. Mas olhar tudo, ver tudo com esses olhos de agora... Tantas amizades, tantas alegrias, tanta gente me faz enxergar que eu cresci. Não fisicamente, é claro, rs, mas espiritualmente talvez. E, acima de tudo, me faz feliz como talvez eu nunca tenha sido.
Não estou me tornando outra pessoa, isso não é verdade. Quem-eu-tenho-sido sempre existiu, mas eu soube guardá-lo latente entre os tantos alguéns que eu posso ser ! Quem-eu-tenho-sido é um quem-eu-quero-ser de alguns anos atrás. Isso me basta, porque me deixa feliz.
Só me deixa errar um pouco, enquanto eu posso ser quem eu tenho sido.

História 1

Eu vou contar uma história.. (Já tinha começado no outro blog, vou só re-postar aqui.)


Entrou no bar, e se sentou. O bar já era conhecido, ia lá sempre. Ou quase sempre, já que havia sumido de lá por uns tempos, devido ao trabalho, namorada e afazeres. Acabou que ele não tinha tempo pra ir no bar. Ele trabalhava muito, e ganhava o suficiente pra viver, mas sem folga. A questão é que ele não conseguia ir mais no bar. Não porque ele não quisesse, porque queria muito, mesmo o bar sendo sujo, feio e escuro. Mas ele não tinha tempo. A vida correu e ele perdeu essa pequena coisa. E agora vinha buscar. Gostava da droga do bar, oras. Ele se sentia bem lá, já que não precisava fingir ser um bom moço que joga xadrez e lê o Código da Vinci, afinal só havia bêbados, velhos e prostitutas na droga do bar. Alí eram todos perdedores, ele pensava. E isso o fazia bem. Porque ele olhava pra aqueles pobre coitados, que nem eram tão pobres coitados assim, e se sentia superior. Algumas pessoas precisam ver o próximo no chão, pra se sentir bem. Estranho? Nada, mais comum que você pensa. E esse era o caso do Waldomiro. Ahh o Waldomiro era esse tipinho de bom moço, que se rebelava às vezes, e pra onde ele ia? Pra droga do bar, né. E no bar ele conversava com todo tipo de gente, e sem cêrimonia. Eis que ele entrou no bar, como eu dizia, e se sentou. Pediu um wisky desses bem vagabundos. Pegou o copo e ficou encarando - o. Olhou, rodou e apertou o copo. Chorou. Bebeu tudo em um gole só. Limpou com a manga da blusa, e pediu outro. Virou para um velhinho do lado dele, e pediu um cigarro. O velhinho deu logo, sem questionar ou mencionar qualquer coisa. Ele acendeu o cigarro, e tragava aquilo como se fora a última coisa que fosse fazer na vida. Pegou o copo de wisky novo, olhou de novo, encarou, sacudiu e bebeu. Em dois goles rápidos. Fumou o cigarro todo. E chorou de novo. Chorava de gritar, o pobre do Waldomiro. O velhinho, aquele do cigarro, só olhava. Não falava nada, por mais que a curiosidade estivesse extrema. Waldomiro olhou pro velhinho, com olhar de desprezo e melancólico e falou, gritando:
_ Que foi, porra? Um homem não pode chorar mais não?
O velhinho riu, estendeu a mão até o ombro do Waldomiro e lhe deu uns tapinhas nas costas:
_ Chore. Beba. Fume. Quando você descobrir que não é se matando que você vai nascer de novo, você para.


To be continued...
Devido à problemas no outro blog o Sexto Horário agora é Sim, crônicas.

Lamentamos o ocorrido. E em breve os posts voltaram ao normal. Eu espero. Hahaha.